sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DOIS MIL E DEZ (2010)


Calma em uma cadeira, agitada no coração, mente em transgressão. Lembro bem de uma frase de Shakespeare que diz: “todos os homens são bons. E reinam na sua maldade”.

Neste ano deixei de ser “ Alice no País das Maravilhas”, mas me recusando, paulatinamente decidir ser apenas um pouco diferente, então, fui sendo um pouco a “Poliana”. Não poderia ser tão radical na mudança, tenho que continuar acreditando no melhor, mesmo em vão das piores coisas.

Em 31 de Dezembro de 2009 eu senti que muitas coisas deveriam mudar. Não sabia exatamente por onde iria pisar, mas coloquei a venda nos olhos e decidir escolher apenas os sentidos para me guiarem. Tentei alguns dias atrás tirar a venda dos olhos, mas ainda doem diante de muitas coisas, e por não ter a capacidade potencializada para mudar, não posso mudar. Por enquanto ainda não.

A todo instante novas perspectivas se apresentam no decorrer da semana, o que penso que vou fazer e dar uma continuidade... muda, ou... sementes plantadas anteriormente crescem, paro e não sei se colho, ou se deixo crescer mais um pouco.

Vejo que não é tempo de parar, muito menos deixar portas fechadas. Por enquanto ando em meio a escuridão vivida pela venda nos olhos, pois é preciso ter os outros sentidos apurados. Então, as luzes se transformam em calor; e meu corpo senti, é preciso movimento, e minha pulsação se faz nivelada com o que minha mente pedi.

A verdade é que o ano não passou, porque passa mesmo quando tudo dá certo. E ainda não deu, ainda... Tenho quase dois meses corridos para tudo dar certo. Até agora foram 9 (nove) meses de coisas do avesso, mas preciso apenas de um dia para desavessá-los.

A respiração está ofegante, paro e tento respirar suave, vou desatar o nó da venda de meus olhos bem devagar... A concentração agora tem que ser fiel e com muitos fluidos positivos, e que venham novos dias e bons dias (...)


Por Jane Eyre Queiroz